segunda-feira, 28 de junho de 2010

Priscila e Regiane: alegria em dose dupla

Quando me aproximei do carro de Priscila Maciel e Regiane Cobra, percebi que o clima era de alto astral total. As duas tentavam tirar uma foto dentro do porta-malas. Me ofereci para a tarefa, e aproveitei para trocar uma idéia com as meninas.

A dupla de Londrina estréia em casa, na categoria Turismo Light. E como toda a primeira vez, a sensação é de festa. Para elas, o MMS contagia. Acostumadas a enfrentarem trilhas de bike, esperam estar bem entrosadas para a prova de carro, buscando o pódio. “Sorte de principiante, quem sabe?”, comenta a piloto Regiane.

E nesse clima leve, e entre risadas, podemos resumir a característica principal dessas meninas: alegria na trilha e entusiasmo em todo lugar.

Carol: um ano mais experiente

Quando o locutor solicitou a presença de Carolina na mesa de som, ao final do evento, alguns riram. Quando a mesma apareceu, imediatamente a voz de Xuxa foi ouvida nos auto-falantes: “Hoje é seu aniversário...”.

E nós conversamos com a Carol, que além de aniversariante do final de semana, coordena o evento.

Trabalhando na Mitsubishi há dez anos, é sob a responsabilidade dela que são definidos todos os planejamentos do MMS, como escolhas do calendário, cidades, fornecedores e a tutela de cada uma das etapas, desde a montagem até a desmontagem e fechamentos.

Para ela, o Rally Mitsubishi é um evento que une as pessoas. São finais de semana especiais para as famílias, que tem a oportunidade de conhecer pessoas e lugares novos. “É muito gratificante estar proporcionando isso para nossos clientes”, citando o ambiente super saudável do MMS.

E eu pedi para que, agora um ano mais experiente, ela me citasse uma frase. “Curtir a vida intensamente” foi a citação escolhida. Tão intensamente quanto o rally.

José Filipe e Tiago: piloto e navegador, pai e filho.

Se os nossos amigos Rodrigo e Eduardo buscam experiência, uma ótima dica é conversar com essa dupla da Graduados: José Felipe da Silva Neto e Tiago de Vargas. Respectivamente piloto e navegador, respectivamente pai e filho.

Vindos de Niterói/RJ, contam o nono ano como participantes do MMS, sem perder nenhuma etapa. E a convivência entre pai e filho é tranqüila. Ou seja, uma vantagem sobre os outros participantes. José cita que mesmo sendo o pai, é preciso ter atenção redobrada nos conselhos do filho navegador: “É preciso estar atento à navegação, atenção. É um trabalho de precisão." E Tiago completa: “Comecei com 15 anos, são mais de dez anos correndo juntos. Ele segue exatamente o que digo”.

Os dois ainda frisam que o clima familiar não se restringe aos dois. Abrange toda a gama de amigos que fizeram no rally. E em dez anos participando da competição e dada a simpatia dos dois, desconfiamos que não são poucos.

Fabrício: Na trilha, sem derrapar

A Copa do Mundo movimenta uma legião de fãs. Em horário de jogo, o futebol é capaz de paralisar uma cidade em frente à televisão. Mas nesse final de semana, o numero que predomina em Londrina, à beira do Lago Igapó é o 4. Ou melhor, 4x4.

E o empresário curitibano Fabrício Forlan concorda plenamente. Para ele, que dedica a paixão ao rally exclusivamente para participar das provas Mitsubishi, o MMS é uma prova muito bem organizada, sem atrasos ou problemas. Juntamente com o navegador Luis Afonso, considera a prova de regularidade da Mitsubishi completa.


Na primeira prova que participa no ano (correu ano passado em Curitiba), procura trazer as habilidades de outro tipo de corrida que participa, e igualmente competitiva: o kart. “Eu ando de Kart. Quem sabe vou poder levar alguma coisa que aprendi lá para a trilha.” E na descontração do evento, completa: “Mas seguindo as regras, sem derrapar”. É isso aí.

Rodrigo e Eduardo: motivação na busca de experiência

Todo grande projeto tem um início. E o grande projeto dos paulistas Rodrigo Villas Boas e Eduardo Coelho, respectivamente piloto e navegador, inicia na etapa Londrina do MMS. É a primeira que participam no ano, pela categoria turismo light.

Para o piloto e engenheiro mecânico Rodrigo, o objetivo principal da dupla é ganhar experiência e entrosamento, perder o menor numero de pontos e, quem sabe, alcançar um pódio. Já o navegador Eduardo, considera: “Somos técnicos, trabalhamos com lógica. Precisamos controlar a empolgação. Mas estamos motivados”.

E com o espírito esportivo tomando conta de Londrina, eles partem para concluir mais uma etapa desse grande projeto.

Fernando: tranqüilidade, sem desconcentrar



A característica que o aposentado Fernando Leiras, de Florianópolis/SC mais frisa para participar do MMS é concentração. Ele ainda cita que é preciso estar bem aferido, ter qualidade nos equipamentos, mas que nada é mais importante que estar concentrado.


Para ele, que participa há três anos do rally, desde o ano passado pela categoria turismo, a regularidade é uma das competições mais interessantes, uma vez que não é “corpo-a-corpo” e sim uma competição contra você mesmo. Vence aquele que errar menos.


Fernando sempre gostou de competir. Vem ao MMS conhecer novos lugares e amigos, ter apoio dos outros participantes e sentir adrenalina. Mas sem perder o controle: “Depois da largada, me dá uma tranqüilidade. Só preciso cuidar pra não desconcentrar”, cita ele, concentradíssimo.

Londrina: calmaria, futebol e rally

O clima subtropical da “Pequena Londres” me espanta. Pergunto ao taxista se o tempo é sempre agradável daquele jeito, ele dá uma risada seca e responde em poucas palavras (peculiaridade que, ao longo da viagem, descubro ser comum aos nativos) que não, geralmente faz mais calor.

A ausência de pessoas na rua, no entanto, não parece justificar aquele tempo propício ao passeio urbano. O movimento é quase zerado, mas a explicação é óbvia. Com o pequeno atraso do meu vôo, cheguei à cidade no meio do primeiro tempo de Brasil e Portugal. Jogo que, convenhamos, foi tão vazio quanto a cidade que encontrei ao chegar.

Londrina é, de fato uma grande cidade. Em diversos aspectos – avenidas largas, belas construções, presença de um bonito verde e mais de meio milhão de habitantes. Número que a torna a terceira maior cidade do sul do Pais. Durante minha estada, um circo alegrava as crianças e também o dono de uma loja de conveniência: com o orçamento devidamente incrementado pelas cervejas vendidas para os palhaços em seu instante de pós-expediente, ele era só sorrisos.

Já presente no evento, assisti a passagem de briefing em uma noite de sexta-feira repleta de calmaria. A etapa toda, aliás, foi o exato contraste com a última etapa em Blumenau – nervosa até não mais poder. Devo dizer que o único momento de correria e aglomeração foi quando os quitutes do coquetel noturno foram servidos. Porém, isso é um caso à parte.


A 4ª Etapa do Rally Mitsubishi Motorsports reservou belos momentos. O local da largada, aterro do Lago Igapó, foi perfeito para caracterizar a prova. Apenas lamentamos a concorrência de atenções que teve de dividir com o futebol, inclusive no evento, onde num campo ao lado, meninos jogavam partidas catimbadas e violentas. Um aspecto negativo foi a intervenção publicitária de uma concessionária, que desfilava modelos zero quilômetro de uma conhecida marca, em uma aglomeração barulhenta formada por trio elétrico e buzinas: ataque desleal nunca antes presenciado por este que vos escreve.




Mas se as emoções do futebol se resumiram a uma classificação em 0x0, o Rally, como sempre, injetou adrenalina e nos levou a belos resultados de 4x4. Como se pode conferir nos posts desta etapa.

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